Na minha infância ouvia falar no professor Lucilo Ávila Pessoa. Conheci-o como autor de livros didáticos, como diretor de Colégio Público, como secretário de Educação e como dono do colégio Pio XII, estabelecimento modelo no ensino privado de Pernambuco.
Em determinado momento de minha vida conheci Mário Aranha Arantes, um amigo de Lucilo Ávila Pessoa. Muitas vezes conversamos sobre o grande mestre e sobre inúmeros episódios protagonizados por aqueles dois amigos.
O tempo se encarregou de me aproximar do mestre Lucilo e quando menos esperava estava bem próximo dele, tornei-me advogado do seu colégio e ficamos amigos. Muitas tardes, via telefone, conversávamos longamente, ele falava muito, mas sabia ouvir. Cada conversa com Doutor Lucilo era um aprendizado.
Estive com o professor Lucilo nos últimos dias de setembro em um jantar político, e ele aparentava ter saúde, estava forte e abraçava a todos, inclusive neste humilde causídico sapecou um forte abraço e demonstrou a sua alegria em nosso reencontro. Se eu soubesse naquele dia que aquele seria o nosso último abraço teria lhe dito o que pensava sobre ele.
Acho que no dia 09 de outubro último Deus precisou de um grande educador no céu e levou o mestre Lucilo para preencher a lacuna. Aqui, ficamos mais tristes, mas o desculpamos, por não ter completado os cem anos entre nós e lamentamos ter que contrariá-lo, já que não o esqueceremos no segundo ou terceiro dia, pois homens como ele jamais são esquecidos.
Neildo Alves
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